quarta-feira, 8 de junho de 2011

vertente

declive: uma palavra bonita. declive: uma palavra que sequer vai esgotar nossos dias, que nem de longe precisam de música, nem de silêncio, só de poesia. pelos dedos escorre a promessa do dia que virá, sem anseio, sem vertigem, sem pressa. pelos dedos escorrem estórias antigas, gastas de conversa e melodia, e dois corações encharcados de mágoa encontram alento na saudade recente. na saudade nova. na saudade gostosa. não é de se prometer juras de amor, nem de querer mais abraços que os braços podem dar conta. não é de se telefonar a todo tempo, nem de estender lençóis brancos nas janelas. é de olhar pro agora, construir passo a passo, sem reza, sem patuá. 
é de respirar em uníssono. o que é já está.

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