sábado, 25 de junho de 2011

_

"Quando a gente se machuca, é que se dá conta de que tem um corpo. Assim como a borboleta ou como a cabra E que tudo o que se é está reunido aqui: nessa cabeça, nesse pescoço, nesse tronco, nesses braços e pernas. Aqui, sob a pele – isso que se abre -, na carne – isso que se corta -, nos ossos – isso que se quebra.  E que tudo o que se é quebra-se com a pele, com a carne, com os ossos. E que tudo o que se é morre aqui mesmo, como esse origami, aqui, esmagado pelas patas deste automóvel, aqui, nada, ninguém, nunca mais."

alicia penna e rosângela rennó, livro "espelho diário".

Nenhum comentário: