segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sem medo da queda

e talvez sim perder as estribeiras. e talvez sim, poder dizer, poder te olhar, e sem medo e com pressa seguir, querer viver. "ai de quem não rasga o coração", digo de novo. e de novo.
o mundo todo na palma da mão, distante-perto, querer-te inteiro sem medida sem eira nem beira, no meio da guerra, no meio da festa, no canto da sala, na música alta, na pausa. não digas nada. não prometas. não escondas. não fujas. não cale. não caia.
venha já. enfrenta logo o medo que se tornou senhor da tua vida. me dê a mão, vamos atravessar a rua, olha pra frente. estamos seguros no meio da multidão. a lua de cima nos olha, nos dá a benção: 
serão felizes os dois,
serão felizes.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

e agora, josé?

"eu me apaixonei mas você não
acha que isso é muito natural (...)"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

transborda mar

Se o que sinto por você transborda, já não existem mais artifícios pra esconder tudo que se passa. Nossas conversas viraram defesa prum possível desencontro, analisar o inalisável, tentar compreender o que não se compreende, nunca. Agora devo partir e no meu coração resta uma saudade quase sem tamanho, um motivo grande demais pra me fazer ficar. De repente tudo parece menor, até os planejamentos mais arcaicos. No entanto, afirmar nosso encontro seria me desnudar completamente, e para isso estou cheia de um medo que pode me difamar. Sinto, verdadeiramente, uma saudade mútua. Um desejo. Um calor. No entanto, percebo: eu sei que você me pede calma. Sei que você é capaz de viver as coisas como quem colhe arroz, um a um, sem pressa, na contagem pura dos dias. Eu me atrapalho no próprio querer, como se não coubessem passos lentos nas minhas próprias vontades. Agora sigo em direção à partida, lágrimas nos olhos feito guarda chuva, e rezo, rezo, rezo, por sua volta. Torço pelo nosso encontro, que perdure, que o medo não nos tome, que os outros não intefiram, que nossos passos sejam certeiros, que os kilômetros que nos separam sejam centímetros diante do maior desejo de hoje em diante e sempre: nós.