sábado, 23 de junho de 2007

caia em caio

"Tarde demais, nunca esquecia. E respirava lento, medido, economizando sua quota kármica de prana ao estufar estômago-costelas-pulmões, nessa ordem. Devocional, búdico. Pois se ficara mesmo tarde demais para todas as coisas dos Viventes Inconscientes, como passara a chamar às Pessoas do Outro Lado- apenas para si mesmo, não queria parecer arrogante-, pois se ficara mesmo assim tragicamente tarde, acendia um cigarro culpado e, fodam-se, com toda a arrogância constatava: se era tarde demais, poderia também ser cedo demais, você não acha? perguntava sem fôlego para ninguém."

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“Veio num sonho, certa noite. Ela o amava. Ele a amava também. E ainda que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.”
Caio Fernando Abreu.

4 comentários:

Anônimo disse...

basta.

Anônimo disse...

Oi Juju,
Adorei seus escritos.
Beijos.

Anônimo disse...

ai ai ai
q lindo ju!
bjos!
saudades!

fortaleza furta-cor disse...

que bom vocês todas por aqui!!!