terça-feira, 27 de dezembro de 2011

frescor

da fresta da janela, frescor. é o verão invadindo o quarto e levando embora o silêncio inaugural. quanto tempo perdido? quanta lágrima? o silêncio foi rompido pela voz. a voz uníssona, o braço amigo, algum espaço novo que se abre: o mundo, de novo o mundo, sempre o mundo. querer amplitude não cabe nas mãos. 
talvez o verão que me invade ainda não saiba que ele traz na voz o meu respiro. ouço a voz e caio na gargalhada. devolveram a minha alegria.

estou sozinha diante da janela por horas a fio. vejo a imensidão refletida pelo vidro. a paisagem voa além da montanha. 

"enquanto houver vida, haverá mudança."

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