quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

"diga o que quiser, só não me diga que não me quer."
foi o que pensei tantas vezes. e a frase ecoou meses por perto da poeira dos livros, das gavetas, do olhar duvidoso, do frio na barriga que fez o amor morto motor da saudade. seu. nosso. de ninguém.
o espelho já não reflete o que refletia antes. o caminho mudou de traço. a casa é outra. o tema se cansou. a melodia falhou. tudo ruiu.
não compreendo a sutileza, nem as meias palavras. talvez seja motivo de auto-análise a minha obsessão pela clarividência. desejo de limpidez. desejo de nuvem.
mas agora também sei ser habitada pela confusão dos versos e pela incerteza. tudo morre e tudo renasce. basta ser hoje, pra amanhã ser ninguém.

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