domingo, 4 de novembro de 2012

às pétalas

frente à cidade
alguns corações choram a tragédia sem fazer alarde
perda infinita
seta sem direção
algumas coisas insuperáveis:
uma mãe que perde sua filha;
um homem que já não sabe o que deseja;
alguns instantes de comoção.

ninguém escuta
somente o tempo que espera
sem hora
nem calma
um dia para voltar ao mundo.

frente ao silêncio
opaco
imundo.

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