sábado, 25 de setembro de 2010

no corredor dos dias

tem um nome que se repete e traz aflição. é medo de algo muito bom ou muito ruim. é medo porque é qualquer coisa. e qualquer coisa é sempre coisa de muita importância.
nessa tarde clara eu vou guardar todos os pedaços de mim bem longe do computador. invento projetos, metas, qualquer coisa que me distraia de você. e o que acontece? você surge. sem aviso nem recado, você surge.
sua voz engoliu a fronha do meu travesseiro. a janela do carro. as torradas do café da manhã. a passagem de trem. a mentira e o silêncio. sua voz existe em silêncio. 
eu não sei qual é a rota que se traça agora. talvez eu vá preferir ficar calada. talvez eu diga, como quem canta, tudo que se passa aqui, dentro de mim.

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