sábado, 9 de fevereiro de 2008

de todas as cores

Estranho desejo firme. Longe, puro, concreto, possível. Inapropriado, duro, aço, vasto. Forte, maior que pude. Você, nada mais, silêncios guardados em olhares cruzados. Pavor, receio, êxtase. Saudade que fisga, loucura, falta do que não existiu. Interlíngua, contato, corte que perfura a pele. Marca eterna, cicatriz, lembrança, sentido, tatuagem. Aperto no peito, asas que batem forte em direção ao Atlântico. Voar até você, esquecer-me do resto. O resto, também incerto, te quero e te vibro e te marco e te guardo e te embalo e te coloro de todos os bons fluidos. Preenche-me de acalanto, marca neon. Fez-se um carregamento de mim no instante já.

4 comentários:

Renato Ziggy disse...

Eita que a sinestesia rolou solta! Cada substantivo, verbo, signo, tudo em uma rede visceral e crua... Gostei de ver o eu-lírico se jogar! Bjos!

Renato Ziggy disse...

Ju, andei lendo outros textos. Gosto dos teus jogos de palavras, da isensação de movimento de dinamismo que o ritmo das suas letras me causa. Vou linkar-te, ok? Bjos e saudade. Tá quase... a gente se vê.

Renato Ziggy disse...

*sensação

B.Blues disse...

Minha balinha predileta!
Um delícia ler seu e-mail!