sábado, 25 de maio de 2013

time is running

:::::

"para além
do funcionamento pleno
o fracasso é também
um modo de ir."

(lindas palavras de julia panadés)

domingo, 19 de maio de 2013

chega de saudade

falta sangue, falta suíngue, falta sal. que a crítica não toque na poesia, mas falta calor nos pés, no nosso chão. falta chute no balde, falta raiva, falta aposta, falta mergulho. quem foi que disse que a arte tem que seguir bula? sigo atenta com um medo imenso de quem prega ensinamentos e não permite que a matéria viva do poema, da canção, da dança, da voz, da palavra flua e seja e nasça. pois não escolhi ser artista pra ser burocrata e isso, longe de ser negligência ou preguiça, tem a ver com um estado de ser. um estado de abertura. e é por isso que não acredito em medidas restritivas, assim como não acredito naquilo que de tão gélido não alcança. não me interessa a técnica sem fulgor. não me interessa o talento sem profundeza da alma. não me interessa arte sem generosidade. generosidade de troca, de humanidade, de pessoa. e tenho um desprezo enorme pela impostura, pelo abuso de poder e por quem compreende mal os direitos autorais. e é também por isso que não acredito em salões fechados empoeirados na tradição de um conceito, enquanto o mundo lá fora explode e urge. não me interessam as palavras neo-fofas quando o som ao nosso redor é o grito. não me interessam terminologias que mais ditam do que tocam, enquanto o que é realmente urgente é um novo olhar. olhar prum novo tempo, do aqui e do agora, olhar brasileiro, sul-africano, russo, tcheco, oriental, indiano, escocês, indígena, australiano, polonês, chileno, mexicano, mas que clame por uma sensibilidade potente e honesta. que o olho que olha tenha firmeza. e veja a vida. que não é pouca coisa.


segunda-feira, 13 de maio de 2013


elena

"se a vida é simples, do que eu tenho medo?"